Uma ótima dica para não engordar muito nas festas de fim de ano

Lá pelo final da década de 80, quando vivia em Bruxelas, comprei um livro sobre dietas que se chamava “Je Mange Donc Je Maigris”, de Michel de Montignac. Este era um homem de negócios e como tal era convidado para coqueteis e almoços de negócios, e reparou que começou a engordar.

Junto com seus médicos, elaborou uma dieta que lhe permitisse frequentar todos esses eventos sociais e emagrecer ao mesmo tempo.

Foi a primeira vez que ouvi falar em índice glicêmico dos alimentos, ou seja, há alimentos que têm um teor de açúcar alto, como a própria glicose e a farinha branca, etc. Ao comê-los, há a liberação rápida de insulina no sangue, o que provoca uma série de eventos no organismo que pode culminar na famosa resistência à insulina.

Olhem o que achei na Wikipédia a respeito:

O índice glicêmico, é um fator que diferencia os alimentos, de acordo com a quantidade de moléculas de glicose presentes em cada um e está diretamente relacionado com a Glicemia que é o nível de açúcar circulante no sangue.

Sempre que ingerimos carboidratos, estes entram na corrente sanguínea com diferentes velocidades. Com base nesse fato, é possível classificá-los: quanto mais rápido o seu ingresso, maior será a libertação de insulina pelo pâncreas, pois o corpo tenta equilibrar os níveis de açúcar.

A escala, indicada em percentagens, baseia-se na ingestão do pão branco como comida padrão, assumindo-se IG igual a 100. Há também quem tome a glicose como valor de referência (100) por ser a substância com IG mais elevado.

Alimentos que afetam pouco a resposta de insulina no sangue são considerados de baixo valor glicémico, e os que afetam muito, de alto valor glicémico.

A insulina é um hormônio que tem o poder de transportar o açúcar para dentro das células dos músculos, onde, no fígado, se deposita na forma de glicogénio; estes depósitos, entretanto, têm uma capacidade limitada, o que faz com que todo o excesso de glicose no sangue seja convertido em ácidos gordurosos e triglicerídios, que serão armazenados sob a forma de gordura. Caso o indivíduo continue ingerindo alimentos de alto IG, o seu organismo começa a adquirir resistência à insulina, uma vez que o seu corpo começa a produzir uma quantidade maior de insulina.

A consequência disso é diabetes tipo 2 e uma série de problemas crônicos que podem minar nossa saúde.

Mas me lembrando de Michel de Montignac, lembrei-me de uma ótima dica que ele deu em seu livro: NUNCA beber de estômago vazio. Sempre que forem a uma festa ou a um coquetel, comam um pouco de queijo, umas castanhas (castanha de caju, nozes, amêndoas, amendoim) ou azeitonas antes de beber.

Assim, quando ingerirem bebidas alcoólicas, que são praticamente glicose pura, já terão ingerido algo antes com um índice glicêmico menor, o que não vai causar aquele jorro instantâneo de insulina no sangue, que além de tudo aumenta a fome.

Se pudermos pular o pãozinho do couvert no restaurante também evitaremos outro alimento de alto índice glicêmico, o que vai causar o famoso jorro de insulina no sangue e o armazenamento de tudo o que comermos depois.

Este é, em linhas muuuuuito gerais, o mecanismo da insulina e como esta interage com alimentos de alto e baixo índice glicêmico. Por isso, gosto tanto de leguminosas e frutas e verduras. Apesar de serem carboidratos, são carboidratos “do bem”, digamos assim, pelas outras vantagens que oferecem e não têm o índice glicêmico alto que têm as batatas, massas e doces.

É fácil de encontrar na internet listas dos alimentos com altos e baixos índices glicêmicos. Vale a pena pesquisar e com pequenas alterações, melhorar consideravelmente nossa dieta.

Em tempo, a dieta Montignac é basicamente a dissociação de carboidratos e proteínas, ou seja, carne, peixe e frango com verduras, e não com batata e massas.

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